A saúde do papa Francisco está melhorando depois que ele foi hospitalizado com uma infecção respiratória, e o tratamento continua, disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, em comunicado nesta quinta-feira (30).
“Sua Santidade, o Papa Francisco, descansou bem durante a noite. Seu quadro clínico está melhorando gradualmente e ele continua seu tratamento planejado”, diz a nota.
“Esta manhã, depois do café da manhã, ele leu alguns jornais e retomou o trabalho.”
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Indicando que ele não estava confinado à cama, o comunicado dizia que ele havia orado na pequena capela dentro de sua suíte particular no hospital.
Bruni não disse quando Francisco pode deixar o hospital Gemelli, em Roma. O Vaticano disse na quarta-feira que ele deve passar “alguns dias” lá.
O papa foi levado inesperadamente a Gemelli após reclamar de dificuldades respiratórias, levantando novas preocupações sobre a saúde do pontífice de 86 anos, que sofre de várias doenças.
A agência de notícias italiana ANSA informou anteriormente que a equipe de enfermagem estava “muito otimista” de que, salvo surpresas, o papa poderia receber alta a tempo para as celebrações do Domingo de Ramos, em 2 de abril – o início de uma semana agitada de cerimônias que antecedem o Domingo de Páscoa, em 9 de abril.
Não ficou claro se o papa poderia participar dos vários serviços, mesmo que recebesse alta no fim de semana.
No ano passado, o papa compareceu, mas não presidiu, a alguns dos serviços da Páscoa devido a uma dor no joelho. Se o mesmo acontecesse novamente, um cardeal seria nomeado para celebrar os serviços. Se o papa estiver em forma, ele poderá acompanhar os acontecimentos de uma cadeira.
A ANSA, citando fontes hospitalares não identificadas, disse que os médicos “por enquanto” descartaram problemas cardíacos e pneumonia para Francisco. O Vaticano também disse que ele não tem Covid-19.
Francisco, que neste mês completou 10 anos como papa, às vezes sente falta de ar e geralmente está mais exposto a problemas respiratórios. Ele teve parte de um pulmão removido quando tinha 20 e poucos anos, quando treinava para ser padre em sua terra natal, a Argentina.
O líder dos quase 1,4 bilhão de católicos romanos do mundo também sofre de diverticulite, uma condição que pode infectar ou inflamar o cólon, e foi operado no hospital Gemelli em 2021 para remover parte do cólon.
Ele disse em janeiro que a condição havia retornado e que estava fazendo com que ele ganhasse peso, mas que não estava muito preocupado. Ele não entrou em detalhes.
Além disso, ele tem problema no joelho e alterna o uso de bengala e cadeira de rodas em suas aparições públicas.
Sua última hospitalização reavivou as especulações sobre uma possível renúncia por motivos de saúde, seguindo o precedente histórico de seu antecessor Bento XVI, que morreu em dezembro.
No entanto, Francisco indicou que seguiria o exemplo apenas se estivesse gravemente incapacitado.
Questionado pela televisão ítalo-suíça RSI em entrevista transmitida em 12 de março sobre qual condição o levaria a desistir, ele disse: “Um cansaço que não deixa você ver as coisas com clareza. Uma falta de clareza, de saber avaliar as situações”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Papa Francisco continua internado em hospital; quadro melhora gradualmente, diz Vaticano no site CNN Brasil.
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