O Banco Central Europeu (BCE) cortou suas projeções de inflação nesta quinta-feira (16), mas os números ainda apontam para um crescimento de preços acima de sua meta de 2% nos próximos anos, sugerindo um período prolongado de política monetária restritiva.
O BCE elevou as taxas de juros em um total de 3,5 pontos percentuais desde julho para combater um aumento recorde da inflação, e mais ações em relação aos juros ainda são prováveis, já que o crescimento dos preços está se mostrando muito mais persistente do que se temia.
Somando-se às preocupações com a inflação, o BCE também elevou suas previsões para os preços subjacentes, que excluem os custos voláteis de alimentos e combustíveis, indicando que o crescimento dos preços provavelmente vai se manter, em parte impulsionado pelo crescimento relativamente rápido dos salários nominais.
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Os salários ainda estão crescendo mais lentamente que a inflação, mas os acordos salariais recentes na faixa de 5% a 6% são inconsistentes com o aumento de preços de 2%, portanto o BCE precisará ver uma grande moderação nas demandas salariais no próximo ano.
O banco também elevou sua projeção de crescimento para este ano depois que o bloco evitou a recessão, alto bom para o emprego mas também um problema para a inflação, já que a expansão econômica contínua em meio a um mercado de trabalho apertado pode continuar elevando os custos salariais.
O BCE estima agora um crescimento do PIB 1,0%, 1,6% e 1,6% respectivamente para 2023, 2024 e 2025, de 0,5%, 1,9% e 1,8% antes.
Para a inflação as estimativas são de 5,3%, 2,9% e 2,1%, contra projeções anteriores de 6,3%, 3,4% e 2,3%.
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